terça-feira, 16 de junho de 2015

Ideologia e Cidadania

“Ideologia e Cidadania são duas palavras bastante usadas atualmente. Na sua densidade teórica, refletem experiências do cotidiano. nas conversas comuns, a ideologia se esconde atrás das visões do mundo das pessoas e de suas atitudes cidadãs. A politica, em suas diversas formas, revela-se com um espaço privilegiado da cidadania e da pluralidade ideológica. Nas relações conjugais, com as outras etnias e religiões, abrem-se novos campos que desafiam o exercício da cidadania e os vários interesses. E, os jovens percebem como a sua idade se torna o centro de interesses econômicos e políticos, provocando-os, à tomada de posição pessoal e livro no espirito da cidadania.”
Libano, João Batista. Ideologia e Cidadania - Coleção Polemica. 2ª edição. Editora Moderna, 2004.

Fonte (Imagem): http://www.pragmatismopolitico.com.br/
Um bom exemplo da cidadania é a questão do racismo, pois o conceito fundamental da Cidadania se resume na consciência e na prática de que todos são iguais perante a lei. A Lei Afonso Arinos, pontua muito bem esse conceito; lei a qual incrimina aquele que descriminar o outro, baseado na etnia ou cor da pele. O Brasil ainda é um país falho nessa questão, apesar de suas origens.

Transformando a Ideologia e cidadania em duas fases da vida, infância e juventude, notam-se duas facetas: a real e a utópica. As idades da vida humana não apenas fatos científicos, mas também dados culturais, pois, cada período da história as esboça de formas diferentes.
Fonte (Imagem): http://1.bp.blogspot.com/_
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Quando criança apresenta-se a pureza, a felicidade e a ingenuidade da infância. A criança é o nascer do sol, é a luz, o encanto, e desconhece a escuridão. Essa fase da vida ganhou ainda mais importância por conta do evangelho que a elevou a um estado ainda mais mítico.
Nesse contexto, entra, então, a ideologia de Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778). Ao seu ponto de vista o ser humano nasce puro e a sociedade o corrompe. A criança exemplifica numa totalidade completa essa ideologia. É folha em branco que a sociedade irá tingir de trevas a luz antes presente nesse puro coração.
Os resultados da ideologia na infância atingem tanto os adultos na sua relação consigo mesmo quanto na sua relação com a criança, pois, o ponto de vista infantil é puro e singelo, o qual o adulto, por sua atratividade, gostaria muito de seguir. Entretanto não pode, pois esse ponto de vista é inocente e ingênuo, o que não lhe cabe mais em seu cotidiano.
O fato de os adultos visarem a criança como pequenos seres humanos puros e ainda intactos do corrompimento social não os deixa enxergar o lado obscuro dessas pequenas mentes puras e abertas a qualquer conceito ou valor. E, por muitas vezes, essa utopia de pensar que a criança não sofre de nada acaba por acarretar uma série de problemas futuros.

Fonte (Imagem): http://www.terapiadecrianca.com.br/
A ideologia infantil favorece alguns aspectos e prejudica outros. Desse modo, a idealização ideológica infantil é um escape ao adulto que não quer enfrentar o mundo real, mergulhando nessa utopia da inocência e deixando de perceber que muitas vezes o problema que lhe aflige agora teve início em sua própria infância.

Quando entra na adolescência o jovem está começando a descobrir o mundo e a si mesmo. E mesmo sem saber, o jovem está vivendo uma fase que nem sequer existia. Na Roma Antiga não havia um período para passar da infância para a fase adulta. Essa transição só foi criada por conta das alterações econômicas e sociais da época. Entretanto, essa passagem para a vida adulta era vista como subordinada marginalizada e impedida de ter os mesmos direitos que um adulto teria. Em outras culturas, como na tribo Aché, a transição da infância para a fase adulta era marcada por um ritual inumano onde os jovens eram submetidos à condições deploráveis de dor e tortura.

O processo de industrialização em cada nação, cada um em sua época, transformou o conceito familiar em cada uma das culturas. Esse processo foi o principal responsável pela aparição da infância e adolescência escolar. Essa última se consolidou com a burguesia no final do século XIX. Nesse período se desenvolveram as diferenças entra classes burguesas e proletariadas, onde as escolas, que antes abrangiam todas as idades, foram sendo priorizadas para os jovens e o serviço militar imposto aos mesmos para evitar rebeliões. Começa a se construir a exaltação das proezas físicas, logo levando a ideologia “jovem-corpo” que mais tarde não pode ser freada.

Nessa linha de disciplina cresceu o escotismo e seus conceitos conservadores e militaristas onde os jovens eram separados, principalmente os jovens dos adultos e os homens das mulheres. Isso resultou na revolta da classe proletariada, a qual se encontrou voltada a criação de bandos ao invés de concordarem com essa ideologia.

Com o intuito de driblar essas manifestações, foi criada uma ideologia que agia sobre a juventude, onde era mostrado ao jovem como conduzir sua vida e assumir um entendimento de si mesmo com base nos conceitos oferecidos pela sociedade. É nesse período que são criadas as Instituições de Reeducação Compulsiva.
Nesse processo também teve início a repressão sexual, onde a sexualidade fica reservada apenas a vida adulta. Logo, houve muitas revoltas que ao longo do processo foram amenizadas.
Dessa época em diante, o compromisso social passa a ser constante na vida dos jovens conscientes. Não de comprometer significava renunciar a modernidade e viver alienado. Os anos 70 e 80 foram importantes pilares para com esse compromisso social. O fracasso de maio de 1968 e o AI5 (Ato Institucional 5) foram grandes barreiras para essa juventude pensante.
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A ideologia dos jovens da década de 90 preferiu a anarquia à hierarquia. Com isso deu-se início a cultura do light, onde se evitava o apego, as fortes emoções e compromissos exigentes. A bebida, as drogas e o sexo passam a ser um escape para essa geração. O romancista Kundera relata muito bem essa fase do sentir e não do pensar, da sensação e não da lógica: “Penso e logo existo é o comentário de um intelectual que subestima a dor de dente. Sinto, e logo existo é uma verdade que possui uma validez muito mais geral”.
(La inmortalidad. Barcelona, Tusquest, 1990, p. 242.)

A introdução da mídia vem de um modo que procura audiência entra essa juventude informando esses questionamentos e aquelas perguntas. Sobre ela monta-se uma enorme cadeia consumista. Basta assistir a uma novela, ou seriado e até mesmo comerciais ou folhear revistas. A mídia dominou não apenas a juventude, mas toda uma população.

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O jovem hoje vive um momento de profunda decepção com a realidade política e social do país. Essa é uma das causas de muitos jovens e desprenderem de sua cidadania. Mas existem aqueles que, apesar de todos estes aspectos negativos, afirmam o valor do último fundamento de nosso convívio: a palavra.

Um comentário:

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